09 de Junho, 2025 11h06mPalestra

Educação sob pressão: especialistas e sociedade questionam modelo atual de ensino e rotina infantil

Reflexão sobre o papel do Estado, das escolas e das famílias revela um cenário preocupante: crianças super ocupadas, escolas desatualizadas e ausência de tempo para a infância O modelo atual de educação tem sido alvo de críticas por especialistas e

Reflexão sobre o papel do Estado, das escolas e das famílias revela um cenário preocupante: crianças super ocupadas, escolas desatualizadas e ausência de tempo para a infância

O modelo atual de educação tem sido alvo de críticas por especialistas e educadores que apontam falhas no estímulo ao interesse pelo aprendizado e no cuidado com o desenvolvimento emocional das crianças. Entre os críticos, está o psiquiatra e escritor Augusto Cury, que alerta: “Crianças parecem ter tempo para tudo, mas não têm tempo para vivenciar a própria infância.”

Segundo Cury, o excesso de atividades, a pressão por desempenho e a exposição contínua às telas têm contribuído para o aumento de quadros de ansiedade e falta de concentração em crianças e adolescentes. Ao mesmo tempo, o sistema educacional segue operando em um modelo tradicional, que prioriza conteúdos pragmáticos e resultados imediatos, sem espaço adequado para o desenvolvimento da criatividade, do pensamento crítico ou da inteligência emocional.

A crítica, no entanto, não recai apenas sobre as escolas. Para especialistas, o problema é estrutural e envolve também o Estado e as famílias. O Ministério da Educação, responsável pela elaboração dos currículos e políticas públicas, ainda adota diretrizes que muitas vezes estão distantes da realidade emocional e cognitiva dos estudantes. Por outro lado, as famílias, diante da correria do cotidiano, muitas vezes delegam à tecnologia ou à escola a responsabilidade integral pela formação das crianças.

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Outro ponto de atenção está na chamada “infância hiperocupada”. Em vez de tempo livre para brincar, explorar e lidar com o tédio, aspectos fundamentais para o amadurecimento emocional, muitas crianças vivem com agendas lotadas, sem espaço para o ócio criativo ou para simplesmente ser criança.

Para especialistas, o momento exige um pacto entre os principais agentes da formação infantil. Estado, escola e família precisam repensar seus papéis e construir juntos um modelo educacional mais humano, integrador e conectado às reais necessidades da infância.

Reprodução: Rede Social

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