
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (7) sobre um novo ajuste na taxa básica de juros, a Selic, em meio à pressão inflacionária causada pelos preços dos alimentos e da energia. A expectativa do mercado, segundo o boletim Focus, é de que a taxa suba 0,5 ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano.
Se confirmada, esta será a sexta elevação consecutiva da Selic, que iniciou seu ciclo de alta em setembro de 2024, após um período de estabilidade entre junho e agosto, quando estava em 10,5% ao ano. Desde então, o BC adotou um ritmo mais agressivo de aperto monetário para conter a inflação, com aumentos graduais, incluindo três de 1 ponto percentual.
Apesar da persistência inflacionária, o cenário de desaceleração econômica global pode pesar para que esta seja a última elevação antes de uma eventual pausa nas altas.
A Selic é a taxa de referência para as demais taxas de juros da economia, usada nas operações com títulos públicos e como principal ferramenta do Banco Central para o controle da inflação. Quando elevada, ela tende a frear a atividade econômica ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Já quando é reduzida, estimula o consumo e os investimentos, o que pode pressionar os preços.
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