
A quatro dias da entrada em vigor da sobretaxa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensifica as negociações para tentar excluir itens estratégicos da lista, como alimentos e aeronaves da Embraer.
De acordo com fontes do Planalto, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, lidera as tratativas com o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick. O objetivo é minimizar os impactos da medida para setores-chave da economia brasileira.
O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja, sendo que 42% da produção nacional tem como destino os Estados Unidos. Além disso, o país responde por 17,1% do café consumido pelos norte-americanos, com 2,87 milhões de sacas exportadas apenas entre janeiro e maio de 2025, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Outro ponto sensível nas negociações é a Embraer, que tem nos EUA seu principal mercado para aeronaves regionais. O governo brasileiro argumenta que a fabricante importa diversas peças de empresas norte-americanas, o que tornaria o setor mutuamente dependente e justificaria sua exclusão da sobretaxa.
Apesar dos esforços diplomáticos, não houve até agora uma resposta concreta da gestão de Donald Trump. Enquanto isso, o governo brasileiro mantém sob sigilo um plano de contingência, que só será divulgado caso as tarifas sejam de fato implementadas.
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📸 Ricardo Stuckert/Flickr - Reuters
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