
Em uma decisão considerada histórica, o Poder Judiciário de São Paulo reconheceu oficialmente a união estável entre três homens que vivem juntos em Bauru, no interior do estado. O reconhecimento foi proferido no início de julho pela juíza Rossana Teresa Curioni Mergulhão, que validou judicialmente um contrato particular firmado por Charles Trevisan, Kaio Alexandre dos Santos e Diego Trevisan.
A sentença chamou atenção por tratar de uma relação poliafetiva, modelo familiar que envolve mais de duas pessoas. Apesar de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter proibido, em 2018, o registro em cartório de uniões desse tipo, não existe impedimento para que elas sejam reconhecidas judicialmente. Foi justamente essa brecha legal que permitiu ao trisal garantir o reconhecimento da relação perante a Justiça.
O caso reacende o debate sobre os direitos de famílias poliafetivas no Brasil, tema ainda controverso e que divide opiniões no meio jurídico e na sociedade.
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