
🚨 A crise da Unimed expõe o colapso silencioso dos planos de saúde no Brasil.
Com presença em 92% dos municípios e receita de R$ 115 bilhões, a Unimed Nacional registrou, em 2024, o maior prejuízo da história do setor: R$ 503 milhões. Das 340 cooperativas, 109 fecharam o ano no vermelho. O sistema só evitou intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) graças a um aporte emergencial de R$ 1 bilhão realizado pelas próprias regionais.
Fundada em 1967 por médicos, a Unimed sempre foi símbolo de autonomia profissional e inovação, tornando-se o maior sistema cooperativo de saúde do mundo, com 118 mil médicos cooperados, 166 hospitais próprios e 29 mil serviços credenciados. Porém, o modelo federado, antes considerado uma fortaleza, hoje se mostra um obstáculo: gestão fragmentada, conflitos internos e lentidão nas decisões fragilizam a rede diante da concorrência.
📉 Os números são alarmantes. Entre 2006 e 2024, os custos dos planos cresceram 327%, quase o dobro da inflação. Ao mesmo tempo, o número de beneficiários permanece estagnado em 50 milhões, enquanto 60 milhões de brasileiros migraram para redes populares e clínicas privadas, que oferecem serviços a preços acessíveis e sem a burocracia dos planos tradicionais.
Diante desse cenário, o setor estuda lançar planos mais baratos, sem cobertura de urgência ou internação. A proposta, entretanto, gera resistência entre especialistas e preocupa usuários, que veem risco de queda na qualidade do atendimento e possível evasão em massa.
💡 O futuro da Unimed — e talvez da saúde privada no Brasil — está em jogo.
Se não houver uma reformulação profunda no modelo de negócio, a maior rede de saúde cooperativa do planeta poderá sucumbir à crise. O que estamos presenciando pode ser apenas o início da erosão de um sistema que, por décadas, foi referência no país.
👉 Quem não se adaptar, será engolido.
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