
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta segunda-feira (14/7) as alegações finais no processo que apura a atuação de um grupo acusado de tentar subverter a ordem democrática no Brasil. No documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma organização criminosa que teria atuado para promover um golpe de Estado.
Segundo a manifestação da Procuradoria-Geral da República, o grupo classificado como o "núcleo 1" da ação penal, foi composto por figuras-chave do governo federal, integrantes das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, que teriam executado um plano “progressivo e sistemático” para atacar as instituições democráticas.
"O grupo, liderado por JAIR MESSIAS BOLSONARO e composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário", afirma o procurador-geral no parecer.
A entrega das alegações finais ocorre após o término do prazo de 15 dias determinado pelo relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes. Este é o último passo antes do julgamento pela Primeira Turma do STF.
Nas alegações, a PGR apresenta sua versão dos fatos com base em provas, depoimentos de testemunhas e interrogatórios, buscando sustentar juridicamente a acusação de que Bolsonaro liderou uma estrutura com fins golpistas.
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