
Evento no Parque do Jatobá reforça a importância da empatia e da inclusão no Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Sob a sombra acolhedora das árvores do Parque do Jatobá, o município do Prata deu um importante passo em direção à inclusão e ao respeito às diferenças. No último dia 2 de abril, data em que se celebrou o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o parque se transformou em um espaço de afeto, troca e aprendizado.
Promovido pela Prefeitura, através das Secretarias de Ação Social e Saúde, o evento reuniu crianças, famílias, profissionais da área da saúde e da educação, e pessoas de todas as idades para uma vivência que foi além da conscientização: foi um encontro de escuta, acolhimento e celebração da diversidade.
Pela manhã e à tarde, grupos diferentes tiveram a oportunidade de participar das atividades, que foram pensadas com cuidado e sensibilidade para respeitar as particularidades de cada criança e suas famílias. Entre os sorrisos e a empolgação no pula-pula, nas esculturas de balões e no algodão-doce, havia também um sentimento coletivo de pertencimento — algo ainda raro para muitas famílias atípicas. O piquenique comunitário, com lanches trazidos de casa e pensados conforme as necessidades alimentares de cada criança, foi mais do que um momento de descontração: simbolizou o respeito às individualidades e a possibilidade real de convivência com afeto e empatia.
Um dos momentos mais emocionantes foi a roda de conversa “Família e Psicólogos”, que trouxe reflexões valiosas sobre o tema “O que antecede o comportamento”. O diálogo sincero entre pais e profissionais emocionou quem esteve presente e abriu espaço para novas compreensões sobre os desafios diários enfrentados pelas famílias de pessoas com autismo.
A palestra da especialista Laura Fortunatti, “Terapia ABA: Compreender e Desmistificar”, também foi destaque. Com uma linguagem acessível e sensível, ela abordou o método ABA como ferramenta de desenvolvimento e qualidade de vida, reforçando o papel do conhecimento na quebra de preconceitos. O evento foi mais do que uma ação pontual: foi um retrato daquilo que pode (e deve) ser construído diariamente — uma sociedade onde ninguém precise se esconder, onde todas as vozes sejam ouvidas, inclusive aquelas que se expressam de formas diferentes. “A participação das famílias e o envolvimento de todos os setores mostram que estamos no caminho certo”, disse a organização. “Conscientizar é dar espaço, é respeitar o tempo do outro, é construir pontes.” Com ações como essa, o município do Prata reafirma seu compromisso com uma cidade mais humana, inclusiva e sensível às necessidades de todos os seus cidadãos — uma cidade onde ser diferente não é obstáculo, mas ponto de partida para o afeto e para o cuidado coletivo.