Uma jovem de 20 anos procurou a Polícia Militar para denunciar uma série de crimes supostamente cometidos por sua mãe, de 38 anos, em Fronteira, no Triângulo Mineiro. O caso foi registrado na noite da última quarta-feira (2), e envolve acusações graves como tentativa de abuso sexual, agressões, abandono de incapazes, maus-tratos a idosos e negligência familiar.
Segundo o boletim de ocorrência, a jovem relatou que a mãe chegou em casa visivelmente embriagada e tentou forçá-la a manter relações sexuais com o padrasto. Ao recusar, a vítima foi tomar banho, mas acabou sendo arrancada do chuveiro, ainda nua, e agredida com socos, tapas e chutes. O padrasto teria interferido para conter as agressões.
Durante o registro policial, a jovem denunciou ainda outros episódios de violência e negligência envolvendo seus dois irmãos menores, de 11 e 15 anos. De acordo com ela, as crianças vivem em situação de abandono, sem cuidados básicos, e são frequentemente expostas a festas e orgias promovidas pela própria mãe dentro da residência.
A jovem relatou que assumiu a responsabilidade de cuidar dos irmãos, mas afirma não ter condições financeiras nem estrutura emocional para isso. Além disso, revelou que a avó materna, de 84 anos, diagnosticada com Alzheimer, também sofre maus-tratos. A mãe teria subtraído cartões e senhas da idosa para utilizar os proventos em bebidas alcoólicas e outros itens supérfluos, deixando a senhora sem remédios e em situação precária. A idosa estaria vivendo sem luz e água, obrigando-se a tomar banho gelado durante o inverno.
Apesar do histórico alarmante, a denunciante informou que o Conselho Tutelar foi acionado, mas, até o momento, nenhuma providência efetiva foi tomada. O pai das crianças menores se colocou à disposição para assumir a guarda, porém a mãe se recusa a entregá-los.
Ao perceber a presença da polícia, a mulher fugiu do local e, até o momento, não foi localizada. O caso será investigado pela Polícia Civil, e pode envolver crimes como tentativa de estupro, violência doméstica, apropriação indébita, maus-tratos e abandono de incapaz.
A situação segue sob apuração, e autoridades devem ser acionadas para garantir a proteção das vítimas e a responsabilização da acusada.
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