
O município do Prata enfrenta um dos episódios mais críticos de sua história recente no fornecimento de energia elétrica. Desde a tarde de terça-feira, a cidade vive um apagão prolongado provocado pela queda de sete torres de transmissão no Triângulo Mineiro, após um vendaval acompanhado de forte tempestade atingir a região.
As primeiras informações apuradas pela imprensa e confirmadas pela Secretaria de Obras apontam que os ventos intensos literalmente contorceram as estruturas metálicas, rompendo o sistema de transmissão responsável por abastecer diversos municípios do Triângulo — entre eles, o Prata, um dos mais afetados pelo colapso da rede. Com a queda das torres, bairros inteiros ficaram completamente no escuro. Relatos se multiplicaram ao longo da madrugada: longos períodos sem energia, oscilações constantes e quedas sucessivas de luz. Em algumas regiões, o fornecimento ficou interrompido por mais de 18 horas.
“Fiquei sem energia das oito da noite até duas da manhã. Voltou, mas logo caiu de novo. Quando amanheceu, já estava tudo desligado”, contou um morador do centro da cidade.
Para reduzir os impactos, a Cemig mobilizou uma operação emergencial: caminhões com geradores foram deslocados para pontos estratégicos, como o hospital, agências bancárias e áreas centrais. A empresa afirma que entre 70% e 80% do consumo já foi restabelecido provisoriamente graças aos geradores e à redistribuição da carga entre as partes da rede que ainda permanecem ativas. Mesmo assim, a solução é temporária. A cidade passou a conviver com pequenos rodízios de energia, especialmente nos horários de maior demanda.
A sede da Prefeitura também sofreu quedas durante a manhã. “Às vezes é preciso desligar um ponto para conseguir atender outro onde a situação é mais crítica”, explicou o secretário de Obras, Diego Pádua.
Agora todos os geradores enviados para o Prata estão em funcionamento, dando mais estabilidade ao sistema enquanto as equipes trabalham na reconstrução das torres danificadas. Segundo a Cemig, uma força-tarefa com centenas de profissionais — entre engenheiros, eletricistas e técnicos — estão atuando de forma ininterrupta na região.
Apesar disso, a empresa ainda não consegue confirmar quando o fornecimento será totalmente normalizado.
A retomada integral depende da reconstrução da malha de transmissão, que foi seriamente comprometida.
Por ora, o abastecimento segue oscilando e a situação permanece em alerta, com monitoramento contínuo por parte da concessionária.





















