27 de Março, 2025 20h03mGeral por Agência Brasil

Metade das vítimas de mortes violentas consumiu substância psicoativa

Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostra que 50,1% das pessoas vítimas de mortes violentas no Brasil consumiram, ao menos, uma substância psicoativa horas antes do óbito

Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostra que 50,1% das pessoas vítimas de mortes violentas no Brasil consumiram, ao menos, uma substância psicoativa horas antes do óbito. 

A pesquisa Investigação do uso de álcool e drogas ilícitas entre vítimas de mortes violentas: estudo de base populacional sobre a relação entre o consumo de substâncias e mortes por causas externas nas cinco regiões do Brasil faz parte do Projeto Tânatos, realizado por meio de convênio entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Universidade de São Paulo (USP).

Vítimas

O levantamento examinou amostras de 2.430 vítimas de homicídios, 524 de sinistros viários, 330 de suicídios, 52 de intoxicações, 264 de outras causas e 601 de causas indeterminadas. 

Segundo a pesquisa, a maioria significativa das vítimas de morte violenta (86%) era de homens, com idade média de 33 anos; 72% das vítimas eram pardas; e a maior parte dos óbitos ocorreu à noite (51,6%) e nos fins de semana (36,3%).

O levantamento mostra, ainda, que o consumo de cocaína aumentou três vezes o risco de morte por homicídio; a ingestão de álcool dobrou a probabilidade de mortes em acidentes de trânsito; e os usuários de benzodiazepínicos apresentaram quatro vezes mais riscos de suicídio.

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Nos casos de suicídios, 29,4% das amostras deram positivo para álcool; 21,2% para cocaína; 20,3%, para benzodiazepínicos; e 0,6% para cannabis.

Nos acidentes de trânsito, a maioria deu positivo para álcool (38%); 9,9% para cocaína; e 4,4% para benzodiazepínicos; não houve registro significativo de amostras com cannabis. 

Nos homicídios, 36% das amostras das vítimas deram positivo para cocaína; 26,4% para álcool; 4,8% para benzodiazepínicos e 3,2% para cannabis.

“A expectativa é que os resultados do Projeto Tânatos contribuam para a formulação de políticas públicas e iniciativas que levem em consideração as especificidades sociais e culturais de cada região, com o objetivo de minimizar os impactos sociais, econômicos e sanitários associados à morbimortalidade decorrente do consumo de substâncias psicoativas”, destacou o pesquisador da FMUSP responsável pelo projeto; Henrique Silva Bombana.

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