Xingar, humilhar, agredir e excluir. Essas são as formas mais comuns da prática conhecida como bullying, uma forma repetida de violência física ou psicológica cometida por um ou mais indivíduos.
Para combater a prática, o Ministério da Educação criou o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, celebrado em 7 de abril. O objetivo é dar visibilidade e reforçar a importância da conscientização sobre o problema.
Os casos de bullying em instituições de ensino aumentaram 67% no ano passado, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos. Foram registradas 2.346 denúncias em 2024, contra 1.399 em 2023. Um estudo divulgado no último ano pela Organização Mundial da Saúde apurou que uma em cada seis crianças de 11 a 15 anos admitiu ter sofrido bullying na internet em 2022.
A educadora parental Priscilla Montes, especialista em educação positiva e neurociências, destaca que os principais sinais de que o estudante está sofrendo intimidações se manifestam por meio de doenças ou comportamentos recorrentes:
“Criança que fica muito doente, que fica muito resfriada, que tá emocionalmente abalada, que mudou o humor, mudou o comportamento, não quer ir à aula, tá relutante, tá com a imunidade mais baixa. É muito importante a gente entender que os primeiros sinais de bullying são, normalmente, psicossomáticos”.
Os pais desempenham um papel essencial na educação dos filhos, ajudando-os a compreender a importância do respeito e da empatia. Além do exemplo, o diálogo aberto e constante é fundamental para combater o bullying. A especialista explica que a resolução de conflitos desse tipo deve sempre ser intermediada por um adulto:
“Eles precisam de um cérebro maduro, no caso do adulto, com mais experiência de vida, para que ajudem eles nessas habilidades emocionais. Então, quanto mais segurança, mais confiança você demonstrar, mais aberto ao diálogo, mais escuta ativa você demonstrar para essa criança, menos insegurança ela vai ter e menos abandonada ela vai se sentir”.
A escolha do 7 de abril como Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas está relacionada à tragédia ocorrida na mesma data, em 2011, quando um ex-aluno matou 11 estudantes da Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil Educação Data dá visibilidade e reforça conscientização sobre o problema Rio de Janeiro 07/04/2025 - 17:05 Fábio Cardoso / Rafael Guimarães Tatiana Alves – Repórter da Rádio Nacional MEC MDHC Bullying OMS escolas Violência segunda-feira, 7 Abril, 2025 - 17:05 3:13
